domingo, 17 de janeiro de 2010
Medo do erro
Li um artigo interessante na Marketeer deste mês (Janeiro), acerca "dos erros" - título do artigo de opinião de Tiago Viegas, Director Criativo da Brandia Central.
Fazer campanhas diferenciadoras e de sucesso, é tarefa que envolve para além da capacidade criativa e estratégica, uma boa dose de coragem para assumir os riscos do insucesso das campanhas. Por estar geralmente muito dinheiro envolvido neste tipo de comunicação, errar torna-se dispendioso, e gera clientes insatisfeitos. Ora, ninguém quer errar.
O problema está na forma como se lida com o erro.
Podemos tentar dissimular:
"(...) gastam-se reuniões inteiras (e a minha paciência) a tentar explicar aos senhores que também não se pode dizer que a campanha tenha corrido mal - apenas que, eventualmente, porventura, talvez quem sabe, se calhar, não correu propriamente ... bem."
Ou podemos assumi-lo, aprender com ele, e fazer melhor:
"Chiça, penico, cruz credo, virgem santíssima. Assuma-se que ficou uma merda, perceba-se porquê e compense-se da próxima vez."
Pela minha curta experiência profissional, o erro é "arma de arremesso". É incompetente. É negativo. É mau.
No entanto, a inovação e a criatividade alimentam-se do erro. Precisam dele como nós de ar para respirar. Se crucificamos quem erra, condenamos a inovação e a criatividade. Para não arriscar, não erramos e não inovamos. Não melhoramos, e mantém-se a mesma ordem das coisas.
"Vivemos num mundo sem grandes erros, onde errar é errado. E, portanto, onde há medo de errar. (...) E assim vamos andando, contentes e seguros e medíocres."
Posto isto, que não se desculpe qualquer erro com esta argumentação. Porque sim, há outro tipo de erros.
De qualquer das formas, o importante é enfrentá-los e aprender com eles. Caso contrário, assumamos a medíocridade.
"Disse uma vez um tal de Bill Bernbach que "a small admittance gains a large acceptance". E não é que o senhor tinha razão? Não há nada mais salutar para uma relação de parceria do que poder falar abertamente e sem medos do que correu mal."
Fonte: Revista Markeeter (Edição Janeiro 2010)
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